quinta-feira, 9 de junho de 2011

ATIVIDADE FÍSICA E AUTISMO

Nesta última quarta-feira – dia 8/06, Manaus teve o prazer de receber o Professor de Educação Física Rodrigo Brívio para compartilhar sua experiência profissional com alunos autistas.
O professor Rodrigo iniciou seu trabalho com o autismo dando aula de Ginástica Artística em uma academia no Rio de Janeiro para crianças sem a síndrome. Nunca pensou em trabalhar com autistas até chegar o seu primeiro aluno, como o chama: “o anjo Vítor”. Com as aulas, Vítor apresentou melhoras em sua comunicação, disciplina, atenção e relacionamento social, o que fez com que outros alunos com o mesmo problema o procurassem.

 A partir daí, Rodrigo Brívio resolveu divulgar o seu trabalho procurando trazer o autista para dentro da Academia:
•Apresentou o trabalho de GA para outros profissionais que trabalham com esse grupo (médicos, fonoaudiólogos, terapeutas...)
• Estudou vários métodos de aprendizagem como Son Rise e Floor Time
• Mostrou a importância do brincar no processo de desenvolvimento da criança com autismo.
O professor tem a preocupação em desenvolver as atividades motoras associadas a aspectos cognitivos, como formas geométricas, cores, letras, números, etc. O seu trabalho baseia-se em atividades psicomotoras com material de ginástica artística. Porém, na realidade, o maior diferencial no seu trabalho é a AFETIVIDADE. Deixou claro nos vídeos apresentados o contato físico e a cumplicidade entre ele e seus alunos. O que se pode observar é o AMOR no seu trabalho que se amplia na relação com seus alunos.
Em sua explanação, conceituou autismo como: um(a) alteração cerebral/ comportamento que afeta a capacidade da pessoa em se comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que o rodeia.
É uma doença causada por um defeito genético na comunicação dos neurônios que afeta o comportamento do indivíduo, seu relacionamento e linguagem. De acordo com estudos, estima-se que a cada 100 crianças que nascem uma é autista. No Brasil esta doença atinge mais de 2 milhões de brasileiros.
Um vídeo apresentado na palestra afirmou que o autismo é uma doença “benigna”, não há regressão, e sendo estimulada, há sempre progresso.
De acordo com o depoimento de uma mãe de uma criança autista, o mais triste é buscar ajuda de profissionais qualificados para saber da doença e encontrar discriminação ao autista, dificultando o tratamento e desesperando os familiares.
Outros pais colocam a necessidade das pessoas compreenderem o que é o autismo, já que é uma doença em que SUPERAÇÃO é palavra constante no seu dia a dia.


Outro momento importante da palestra foi a fala do Sr. Edmando Luiz de Albuquerque, presidente da AMA/Manaus (Associação de Amigos dos Autistas) e fundador do Centro de Vivência Magnólia. Conhecedor das reais dificuldades e necessidades de uma pessoa autista e de sua família, deixa claro que o trabalho com o autista não é fácil e deve continuar em todas as fases da vida da pessoa, não apenas na infância, já que o autista cresce e se desenvolve passando por todas as fases da vida, devendo ser cuidado e estimulado a ser independente em ações do cotidiano. É um trabalho árduo e constante e afirma com propriedade que o trabalho não se restringe apenas ao portador da síndrome, mas sim a toda a família, além de colocar a inclusão como necessária, porém com restrições. Deve ser feita de forma pedagógica, antes o indivíduo deve estar incluído na sua própria família. pois aceitar o diagnóstico é a parte mais difícil. Assumir que tem um filho autista não é fácil!



Centro de Vivência Magnólia




MISSÃO:
Proporcionar atendimento integral, público e de qualidade, respeitando os autistas como cidadãos de direito e contribuir para a criação de uma sociedade inclusiva.




Fonte:
Palestra realizada no dia 08 de junho de 2011, às 19h no Auditório da UEA (Universidade Estadual do Amazonas), Av. Carvalho Leal, nº 1777, Cachoeirinha.
Material impresso : AMA / AM - Bloco 09, lj  01, Conj. Ica Paraíba, Adrianópolis.

Fone: (092) 3236-3494
Centro de Vivência Magnólia, Estada do Puraquequara, Ramal Bela Vista, s/ nº .

2 comentários:

  1. Gostei muito do trabalho de voces, gostaria de dicas e sugestoes para trabalhar com autista severo na area de educação fisica.
    Desde já agradeço a atenção

    ResponderExcluir
  2. Oi! Boa tarde! São 15:23hs aqui em Manaus, sou profissional de Educação Fisica e minha área é a Educação Fisica Escolar, trabalho em uma conceituada escola, nesta metropole localizada na Amazônia e tenho quatro alunos autistas, sendo três meninas e um menino, os quais tenho um carinho enorme. E vocês nem imaginam como eles me dão um retorno gratificante nas aulas de Educação Fisica Escolar, onde um dos conteúdos aplicados é a a Ginástica Artistica, sendo aplicada através de estratégias como o circuito motor, uma vez que minhas crianças interagem com crianças regulares. É prazeroso vê-las obedecendo aos meus comandos. Segredo: Paciência, Amor e conhecimento. Boa tarde

    ResponderExcluir