O VI Festival
Folclórico da EMEF Firme na Fé aconteceu no dia 30 de agosto. O festival contou
com treze apresentações de danças folclóricas nacionais e internacionais, com barraquinhas
de bebidas , guloseimas e pescaria, com os alunos candidatos a Rainha ou Rei do Festival. Houve uma
excelente participação da comunidade escolar, reconhecendo positivamente a
execução dos alunos e o trabalho dos funcionários.
O festival iniciou com a apresentação do Xaxado, uma
homenagem ao saudoso Luiz Gonzaga, conhecido como o Rei do baião. A ideia surgiu
pela professora Aurea, já que este ano foi comemorado o centenário deste grande
artista pernambucano e a escola não poderia deixar de ressaltar a sua grande
importância para a cultura popular brasileira.
O
xaxado é uma dança popular brasileira, originada nas regiões do agreste e do
sertão do estado de Pernambuco, muito praticada no passado pelos cangaceiros,
em celebração às suas vitórias.
Alunos do 5º ano D (Prof Aurea) e 4º ano C (Prof Elisa |
A
segunda apresentação foi dos alunos da Educação Infantil (2º período C e D, das
Profsª Maranilza e Tatiana) que trouxeram a Quadrilha Alegria, Alegria.
No
Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas de festas juninas. É executada
em pares, e as pessoas fazem rodas e usam roupas coloridas. É uma animação.
A
terceira apresentação trouxe um pouco da maior festa folclórica da Região
Amazônica: O Festival Folclórico de Parintins, homenageando os Bois Garantido e
Caprichoso.
O
boi-bumbá Garantido é conhecido como o “boi do povão”. É representado nas cores
vermelha e branca e com um coração vermelho na testa.
O
Boi Caprichoso é representado com as cores azul e branca e seu símbolo é uma
estrela que significa o guardião da floresta, segundo o imaginário caboclo e o
lendário dos povos indígenas.
Turmas do 1º ano vespertino, das profªs Tereza Helena e Angela.
A
quarta apresentação foi as Cantigas de roda. Elas são um tipo de canção
popular, que estão diretamente relacionadas com a brincadeira de roda. A
prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore brasileiro. Consiste
em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com
características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local,
letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou a seu
universo imaginário e geralmente com coreografias.
Educação Infantil Matutino, 2º Período A e B, das Prof Maranilza e Ana Francisca |
O Frevo
foi a quinta apresentação. Este ritmo carnavalesco, bastante animado e famoso,
foi criado em Pernambuco. A palavra frevo vem de ferver, uma vez que, o estilo
de dança faz parecer que abaixo dos pés das pessoas existe uma superfície muito
quente.
Para
complementar a beleza da dança, os dançarinos usam uma sombrinha ou
guarda-chuva aberto enquanto dançam.
O
frevo foi apresentado pelos alunos do 1º ano do turno matutino, das turmas das
profªs. Tereza Helena, Raquel e Cecília.
A sexta
apresentação foi das turmas do 2º ano vespertino das Profªs. Maria Pauxy e Du
Carmo que também ressaltou um ritmo do folclore local: a toada, que fez
referência à Lenda Jurupari que conta a história das tribos indígenas que vivem
na Floresta Amazônica.
Lenda Jurupari
Segundo
a lenda, Jurupari era um menino diferente dos outros, de seu corpo saíam fachos
de luz, estrondo de trovão e, com os dedos, ele podia produzir vários tipos de
sons.
Jurupari
obrigou toda a tribo ficar em jejum. Algumas crianças desobedeceram e comeram.
Jurupari puniu-as com a morte. Revoltados, os pais das crianças jogaram
Jurupari em uma fogueira. De suas cinzas nasceu a palmeira PAXIÚBA. Uma árvore
muito alta que chegava até as nuvens.
Na
mesma noite, Jurupari chegou aos céus, encontrou o sol, que queria se casar.
Então, foi mandado de volta à Terra para procurar uma noiva para o Sol.
Até
hoje, Jurupari procura uma noiva para o Sol, que continua solteiro.
A
dança de rua (Street Dance) também teve espaço no Festival através da dança Hip
Hop.
A
cultura do Hip Hop é formada pelos seguintes elementos: o rap (a poesia), o
graffiti (a arte) e o break (a dança).
Hip
significa movimentando os quadris e Hop significa popular.
Os
dançarinos do Hip Hop são os B Boys e as B Girls.
Coreografia prof Jeanne. Alunos do 2º ano das turmas das Profªs Guiomar e Mariângela |
A
oitava apresentação veio embalada ao som da música sertaneja. Gênero musical
que foi conhecido como música caipira, cujas letras evocavam o modo de vida do
homem do interior, assim como a beleza bucólica e romântica da paisagem
interiorana.
Turmas do 3º ano A e B, Profªs Rouselly e Tatiana. Coreografia com fitas. |
O
Axé ou Axé Music é um gênero musical surgido no estado da Bahia, na década de
1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador, misturando
frevo pernambucano, ritmos afro-brasileiros, reggae, merengue e outros ritmos
latinos.
A
palavra axé é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda.
Trazendo
muita energia positiva para a nossa festa, as turmas do 2º ano A, B e C das
profªs Aldiléia, Regina, Guiomar e do 3º ano C da profª Nazaré, dançaram esse
ritmo contagiante baiano.
Turmas do 5º ano A e B, Profªs Pauxy e Angela. |
No
Festival teve também o estilo de música e dança angolana, muito na moda no
Brasil: Kuduro.
O Kuduro é uma dança recreativa de exibição
individual ou em grupo. É a fusão da música batida com estilos tipicamente
africanos, criados e misturados por jovens angolanos, adaptando-se a forma de
dançar, soltando os quadris para os lados em dois tempos, e a facilidade de
juntar agilidades dos braços, pernas e cabeça no movimento culminando num
trabalho de ritmo corporal.
Com
um estilo inconfundível e uma gama de movimentos com marcação forte onde se
impera o sincronismo e a agilidade dos movimentos, faz desta dança um
espetáculo para quem assiste e uma tremenda adrenalina para quem dança, e que
vem ganhando adeptos por todo o Brasil.
Turmas o 4º ano A e B, Prof Mª Luiza e Mª Flora |
A
décima segunda apresentação é uma famosa dança praticada nas diversas regiões
do Oriente Médio e da Ásia: a Dança do Ventre. Após a invasão dos árabes, a
dança se propagou por todo o mundo. É composta por uma série de
movimentos, vibrações, impactos, ondulações e rotações que envolvem o corpo
como um todo.
Fechando
com “chave de ouro” as apresentações do VI Festival Folclórico, as turmas do 5º
ano C e do 4º ano D, das Profªs Érica e France, trouxeram uma diversidade de
ritmos com a Quadrilha Mistura de Ritmos.
A
quadrilha é uma contradança de origem holandesa, que se tornou popular nos
salões aristocráticos e burgueses no séc. XIX em todo o mundo ocidental.
No
Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas festas juninas. Foi
introduzida no período regencial e fez bastante sucesso nos salões brasileiros,
principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Desceu as escadarias do palácio
e caiu no gosto do povo.
Além
de ser um país rico em ritmos musicais que foram criados pelos povos antigos e
que têm uma enorme repercussão no país e no mundo até os dias de hoje, fazendo
com que cada geração levasse adiante os ensinamentos musicais que tiveram, toda
essa mistura de ritmos faz com que o Brasil tenha uma cultura muito rica e
diversificada.
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